CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sábado, 17 de junho de 2017

3 796 - Cavaleiros do Norte com autoridades e comerciantes do Quitexe

Cavaleiros do Norte da CCS, a Companhia do Quitexe, todos furriéis mi-
licianos, António Cruz, Cândido Pires, Luís Mosteias (falecido a 5 de Fe-
vereiro de 2013, de doença), Francisco Neto, José Pires e Nelson Rocha

O sr. José Morais do Quitexe, ao balcão da sua casa 
comercial. Era agente da Sacor, Gazcidla, Cuca e Crush 

A 17 de Junho de 1974, o comandante Almeida e Brito reuniu-se com as autoridades e comerciantes da vila do Quitexe, no Clube do Quitexe, para «preparar e mentalizar as populações para o Programa do MFA».
Ao tempo, não sabíamos, mas um co-merciantes mais conhecidos era o sr. José Morais, por coincidência conter-
râneo do editor deste blogue. Só bem 
Anúncio da Casa Morais, da vila do Quitexe,
sede dos Cavaleiros do Norte
mais tarde disso soubemos e, com o furriel 
soubemos e, com o furriel Francisco Neto (também aguedense e conterrâneo), algumas vezes o contactámos - recebendo-nos com simpatia e sem nenhuma das partes algo pedir à(s) outra(s).

A Cimeira angolana 
no Quénia

Um ano depois, chegavam notícias do Quénia, onde decorria a Cimeira dos movimentos de libertação de Angola. «As coisas estão a correr muito bem», titulava o Diário de Lisboa, sublinhando que «An-
gola espera ansiosamente a declaração do cessar fogo entre as tropas dos 3 movimentos de libertação, reunidos ao mais alto nível em Nakuru, no Quénia». 
O enviado especial da United Press, por sua vez, referia que «as coisas estão a decorrer muito melhor do que esperava».
Agostinho Neto, presidente do MPLA, comentou que «forças externas estão a dividir os 4 movimentos» e Holden Roberto, presidente da FNLA, referindo-se ao seu rival e adversário ideológico, considerou-o como «meu irmão», e afirmou que ambos tinham «inimigos dentro e fora de Angola».
Jonas Savimbi, presidente da UNITA, por sua vez, pediu «o fim dos massacres, mortes e divergências».

Manuel Leal da Silva
no Quitexe e em 1974

A morte do atirador
Manuel Leal da Silva

O Leal, soldado atirador de Cavalaria, faleceu a 18 de Junho de 2007, há 10 anos e de doença súbita.
Manuel Leal da Silva era de Caxaria, em Pombal, e lá regres-
sou a 8 de Setembro de 1975, continuando a sua actividade de ajudante de motorista. Já era casado no tempo da jor-
nada angolana e pai de uma menina que uma irmã ganhou da segunda gravidez, pouco tempo depois de chegarmos a Angola Ainda teve mais uma filha e com todos os filhos e família esteve no encontro de 1996, no Barracão, em Leiria. Nunca mais o vimos.
Faleceu, vítima de doença súbita, em casa e junto da mulher, a 18 de Junho de há 10 anos. Sentiu-se mal, bebeu um chá, levantou-se e caiu morto.
Foi um bom companheiro, sempre colaborante e disponível, daqueles que não hesita, nuca, ante qualquer perigo. Hoje o recordamos com saudade, RIP! 

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